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Gigante de aço: réplica de dinossauro de quase 20 metros entrará para exposição permanente do Museu de História Natural de Mato Grosso

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Segunda maior réplica do Brasil

Está sendo construída no Rio de Janeiro, pelo paleoartista Carlos Scarpini, uma réplica de um dinossauro saurópode, conhecido como titanossauro, medindo pouco mais de 19 metros lineares, 1,80 de largura e mais de 3 metros de altura, que, devido sua disposição anatômica, ocupará um espaço de cerca de 17 metros quando pronto e instalado para exposição. O dinossauro irá compor a exposição permanente do Museu de História Natural de Mato Grosso, em Cuiabá, e será uma grande atração para os cuiabanos e turistas que passam pelo município.

Os saurópodes são dinossauros herbívoros, de grande porte que viveram no Período Cretáceo, entre 84 e 85 milhões de anos, principalmente em massas continentais do Hemisfério Sul, incluindo a região de Mato Grosso.

Para Suzana Hirooka, presidente do Instituto Ecossistemas e Populações Tradicionais (Ecoss), que faz a gestão do Museu, a construção do novo dinossauro é um desejo antigo, já que este animal pré-histórico viveu na região da Chapada dos Guimarães. “Os dinossauros entraram no gosto das crianças, dos jovens e até mesmo dos adultos. Nós percebemos isso com a forma que eles se encantam com a réplica que já temos do dinossauro Pycnonemosaurus nevesi, com 2,20 metros de altura por 7 metros de comprimento, sendo a principal atração do Museu e grande ponto de interesse para quem vive em Cuiabá. Com a construção da nova réplica, esperamos que a população tenha mais um atrativo de impacto, já que o próximo dinossauro será muito maior. Nossa meta na direção do Museu é passar para a população o conhecimento científico que temos a respeito desses dinossauros, da pré-história e da paleontologia, de maneira mais prazerosa, lúdica, ligada ao lazer, cultura, conhecimento e ciência, através da visita ao Museu, onde o visitante poderá ver duas réplicas fidedignas de dois dinossauros que viveram na região da Chapada dos Guimarães. ”

Para a construção do novo dinossauro estão sendo usados mais de 60 metros de aço entre a estrutura base e interna. Um “gigante de aço”, como cita Scarpini. A réplica pesará cerca de meia tonelada e terá o tamanho de quase dois ônibus, se tornando a maior réplica de Mato Grosso e a segunda maior do Brasil. As peças da réplica estão sendo construídas no Rio de Janeiro e, depois de prontas, serão transportadas para Mato Grosso para a montagem no espaço aberto do Museu de História Natural de Mato Grosso.

Para Carlos Scarpini, paleoartista construtor da réplica, seu trabalho é traduzir a ciência para uma linguagem popular, que possa mexer com a curiosidade das pessoas de forma didática e com fácil entendimento, estimulando assim o conhecimento científico de forma acessível. “A paleo réplica é muito gratificante nesse sentido, pois posso levar para as pessoas mais simples um conhecimento que vem em “blocos rígidos de concreto” e é dissolvido em “poeira”, para as pessoas absorverem. ”

O processo de construção do dinossauro começa com muita pesquisa e estudo em artigos científicos sobre a espécie do dinossauro, para replicar um animal preciso e fidedigno ao original. Em seguida, é confeccionada uma miniatura do dinossauro para dar base no conceito anatômico e, só depois, a construção das peças do animal começam. A confecção das peças passa por diversos processos para evitar desgastes com as intempéries, como a alta taxa UV e chuvas torrenciais que acontecem em Cuiabá.

A escultura base da réplica é feita em bloco de EPS de alta densidade, em cima dessa escultura vem uma camada de borracha líquida, em seguidas as peças são laminadas com folhas de alumínio de 08 mm e depois é aplicada uma camada de resina com sulfeto de alumínio para poder isolar as peças das intempéries. Dando continuidade ao processo, é passada uma camada de resina com pó de mármore para endurecimento e isolamento, depois é passada mais uma camada de resina com coloração branca e, por último, a peça ganha a cor final feita com carga mineral com tons de amarelo, vermelho e preto, explica Scarpini sobre a confecção da réplica.

Scarpini também destaca a importância das paleo réplicas para preservação dos fósseis originais encontrados, pois esses ficam salvaguardados em reservas técnicas, exibindo ao público apenas a réplica e mantendo protegidas as peças originais para que não se danifiquem.

O Museu de História Natural de Mato Grosso está localizado na Av. Beira Rio, n. º 2000, bairro Jardim Europa, com funcionamento de quarta a domingo, das 8h às 18h e entrada no valor de R$ 12,00 (inteira) e R$ 6,00 (meia). O Museu conta com ampla área verde próxima ao rio Cuiabá, café, loja de artesanatos, parquinho, reserva técnica e ampla exposição com fósseis de animais pré-históricos, acervo indígena com máscaras sagradas da etnia Waurá e itens históricos da Casa Dom Aquino, casarão histórico que abriga o Museu.

Radharani Kuhn – Assessora de Imprensa