Nota de Pesar – falecimento do indigenista Antônio João de Jesus
O indigenista Antônio João de Jesus, pintado com símbolo do seu clã Baadojeba, no wororo, o pátio da Aldeia dos Bororos de Córrego Grande. Foto: Acervo de Maria Fátima Roberto Machado, disponível no Livro Museu Rondon – Antropologia e Indigenismo na Universidade da Selva.
O Instituto Ecoss que gerencia o Museu de História Natural de Mato Grosso lamenta profundamente a morte do indigenista, etnógrafo, memorialista e artista plástico Antônio João de Jesus, ocorrida nesta segunda-feira (4), em Cuiabá. A causa do falecimento não foi divulgada.
Reconhecido pelo seu nome indígena, “Merireu Bororo”, ele se destacou na área da antropologia em Mato Grosso, contribuindo significativamente para a pesquisa e divulgação da cultura Bororo. Com mais de 30 anos de dedicação como servidor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Antônio João, de origem cuiabana, descendente indígena da etnia Bororo e de negros, foi uma figura fundamental no Museu Rondon de Etnologia e Arqueologia (MUSEAR), vinculado ao Instituto de Ciências Humanas e Sociais. Reconhecido pelo seu nome indígena, “Merireu Bororo”, ele se destacou na área da antropologia em Mato Grosso, contribuindo significativamente para a pesquisa e divulgação da cultura Bororo.
Além de seu trabalho na UFMT, Antônio João também atuou na Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e na antiga Escola Técnica Federal de Mato Grosso, hoje conhecida como Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT).
Ele deixa um legado valioso na luta pelos direitos, bem como na preservação da cultura dos povos indígenas. O Instituto Ecoss, une-se a todos que prestam homenagem a Antônio João de Jesus, expressando sua solidariedade aos familiares, amigos e colegas de trabalho. Que seu engajamento e suas contribuições à sociedade sirvam de exemplo e jamais sejam esquecidos!
Conheça mais sobre a história e os trabalhos de Antônio João de Jesus
Com o objetivo de preservar a memória do indigenista Antônio João de Jesus e incentivar o compartilhamento de documentos audiovisuais sobre a cultura indígena, foi criado o site Acervo Indigenista, por meio no Edital da Lei Paulo Gustavo 001/2023/SMCEL/FMC, destacando a importância das culturas indígenas no Brasil. Devido ao seu valor histórico, o acervo também se tornou um ponto de cultura, promovendo a valorização das tradições e experiências dos povos indígenas.
Texto: Thiago Crepaldi – Assessor de Comunicação MHNMT