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Sala de exposição temporária do Museu de História Natural de Mato Grosso, com algumas das pinturas do artista plástico Miguel Penha. São representadas as belezas, cores e contrastes do Bioma Cerrado. Foto: Divulgação/Thiago "Zina" Crepaldi
As belezas, cores e contrastes do Cerrado expressas nas telas do artista mato-grossense é um convite à reflexão sobre a importância da conservação dos recursos naturais. Foto: Divulgação/Thiago “Zina” Crepaldi

O Museu de História Natural de Mato Grosso (MHNMT) neste sábado (24) abre ao público a Exposição Temporária “Cerrado: Luz e Sombra”. O visitante poderá apreciar esta exposição até o dia 24 de dezembro de 2022.

Com o objetivo de promover uma imersão, a instalação conta com 11 pinturas marcantes e únicas, do artista plástico Miguel Penha, que evidenciam as belezas naturais do Cerrado. Nessa exposição, a contemplação de suas obras é ponto de partida para a reflexão da importância da preservação do segundo maior bioma brasileiro.

O Cerrado representa cerca de cinco por cento de toda a rica biodiversidade do planeta e 30% das espécies identificadas no Brasil vivem nesse bioma. A localização desse ecossistema é estratégica, por se conectar com a Caatinga, Mata Atlântica, Floresta Amazônica e Pantanal, funcionando como uma ponte entre esses biomas; e abrange quatro estados do Brasil Central (Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal), além de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Tocantins, Bahia, Maranhão e Piauí.

Sobre o artista

Miguel Penha, artista autodidata, nasceu em Cuiabá no Mato Grosso, em 1961. Hoje, vive e trabalha em Chapada dos Guimarães. O realismo mágico de Penha, técnica desenvolvida ao longo dos últimos 15 anos em meio à natureza, traz uma visão nova e própria em relação à pintura de paisagens, trabalhando com questões como a luz e a profundidade, que reforçam a sacralidade da natureza. Penha transporta para as telas a vivência e a experiência do seu cotidiano, e marca assim a sua passagem pelo mundo das artes plásticas mato-grossenses, sendo reconhecido e premiado nacionalmente, deixando já cravada sua identidade de forma singular.

Serviço

Período de exposição: 24/09/2022 a 24/12/2022.

Horário: De quarta a domingo das 8h às 18h.

Local: Sala de Exposição Temporária do Museu de História Natural de Mato Grosso, em Cuiabá.

O Museu de História Natural de Mato Grosso, gerido desde 2006 pelo Instituto Ecossistemas e Populações Tradicionais (Instituto Ecoss), é um dos equipamentos culturais da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel). O Museu está localizado na está localizado na Av. Beira Rio, n.º 2000, bairro Jardim Europa, com funcionamento de quarta a domingo, das 8h às 18h e entrada no valor de R$ 12,00 (inteira) e R$ 6,00 (meia). Aos domingos a visitação é gratuita.

Thiago “Zina” Crepaldi (Assessor de Imprensa do MHNMT) e Vitória Ramirez Zanquetta (Curadora do Museu de História Natural do MHNMT)

As atividades fazem parte da 2ª Semana Estadual da Pessoa com Deficiência e da 16ª Primavera dos Museus, que acontecem entre os dias 21 e 25 de setembro

Réplica do crânio do Pycnonemosaurus nevesi (escala 1:1), dinossauro carnívoro que viveu no Centro-Oeste no período de 84 a 66 milhões, no Cretáceo Superior. Foto: Thiago “Zina” Crepaldi

Neste mês de setembro, entre os dias 21 e 25, o Museu de História Natural de Mato Grosso, no Bairro Jardim Europa, na área central de Cuiabá, terá uma agenda especial e gratuita com atividades inclusivas e de imersão no acervo arqueológico, paleontológico e etnográfico presentes no Museu. A iniciativa contará com réplicas de fósseis, algumas em tamanho real, que poderão ser tocadas pelos visitantes, além de intérpretes de Libras, que acompanharão as mediações.

Segundo a curadora do Museu, Vitória Ramirez Zanquetta, essa ação faz parte de um trabalho que vem sendo desenvolvido pela equipe da instituição para a promoção da inclusão. “Por meio dessas atividades queremos estimular a autonomia das pessoas com deficiência visual e auditiva, possibilitando a inclusão delas no universo fascinante dos conhecimentos compartilhados pelo Museu”, explica Zanquetta.

A programação faz parte da 16ª Primavera dos Museus, evento organizado pelo Instituto Brasileiro dos Museus (Ibram), cujo o tema neste ano é  “Independências e museus: outros 200, outras histórias”; além disso, a agenda também compõe a Semana Estadual da Pessoa Com Deficiência, organizada pelo Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Com Deficiência (CONEDE) em parceria com a Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (SECEL-MT), Instituto Ecossistemas e Populações Tradicionais (Instituto Ecoss) e outros parceiros.

A propósito dessa agenda, Enir Maria Silva, Coordenadora do Museu e Presidente do Instituto Ecoss, conta que é uma oportunidade para refletir sobre a importância da independência das pessoas com deficiência no espaço museológico. “Nosso desejo é promover a troca de conhecimentos e proporcionar às pessoas com deficiência entretenimento, inclusão e interação social”, afirma.

Confira a programação, clique aqui para se inscrever.

21/09 a 25/09

Visita Mediada 8h-9h, 10h-11h, 14h-15h, 16h-17h

Visitação gratuita durante toda a semana.

21/09

Museu Tátil – 9h às 10h e 14h às 16h

Percurso com interação tátil voltado para pessoas com deficiência visual (réplicas paleontológicas e artefatos arqueológicos do Museu).

Palestra Interativa – 10h às 11h

“Importância das réplicas na conservação e para a divulgação científica”, com Ailton Carlos Scarpini, paleoartista do Rio de Janeiro (RJ).

22/09

Museu em Libras – 9h às 10h e 14h às 16h

Atividade voltada para pessoas com deficiência auditiva com visita educativa em Libras pela Exposição.

23/09

Palestra Interativa – 10h às 11h

“Importância das réplicas na conservação e para a divulgação científica”, com Ailton Carlos Scarpini, paleoartista do Rio de Janeiro (RJ).

Serviço

Inscrições até 19 de setembro, pelo link https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSezHV3jt6MWb7badDeHMuvTLcQscgueHPQ97ZYZixhAhLwvag/viewform

O Museu de História Natural de Mato Grosso, gerido desde 2006 pelo Instituto Ecossistemas e Populações Tradicionais (Instituto Ecoss), é um dos equipamentos culturais da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel). O Museu está localizado na está localizado na Av. Beira Rio, n.º 2000, bairro Jardim Europa, com funcionamento de quarta a domingo, das 8h às 18h e entrada no valor de R$ 12,00 (inteira) e R$ 6,00 (meia). Aos domingos a visitação é gratuita.

Thiago “Zina” Crepaldi – Assessor de Imprensa do Museu de História Natural de Mato Grosso.

“O nosso objetivo é encurtar a distância entre o conhecimento científico e os estudantes de comunidades localizadas próximas a sítios com ocorrência de fósseis”, explica Caiubi Kuhn

A The Palaeontological Association selecionou o Projeto “Fósseis vão à Escola”, proposto pelo Instituto Ecossistemas e Populações Tradicionais (ECOSS) em parceria com geólogo e professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Caiubi Kuhn. A iniciativa prevê a confecção de réplicas de fósseis, algumas em tamanho real, que serão levadas às escolas de comunidades localizadas próximas aos sítios fósseis nos municípios de Jangada, Barra do Bugres, Rosário Oeste e na região metropolitana de Cuiabá. Vão ser realizadas cinco exposições às escolas já em setembro deste ano, atingindo mais de 1000 pessoas.

Exposição piloto “Fossils go to School”, na Escola Municipal Santa Helena localizada em Chapada dos Guimarães, Mato Grosso (Foto: Caiubi Kuhn/Arquivo do Projeto).

De acordo com a curadora do Museu, Vitória Ramirez Zanquetta, a aprovação desse novo projeto vai permitir a amplificação do acervo da Exposição Itinerante do Museu, que foi montada em 2016. Ainda segundo Zanquetta as réplicas vão ser produzidas com material resistente que permitirá que as pessoas as toquem. “A ideia de confeccionar peças mais resistentes é permitir que possam ser tocadas, o que inclui as pessoas com deficiência visual no universo da paleontologia”, esclarece a curadora do Museu.

Para a criação destas peças, o paleoartista Carlos Scarpini, que já fez outras réplicas para o MHNMT, foi convidado pela equipe do projeto. Scarpini comentou um pouco sobre a importância das paleo réplicas na divulgação científica. “Trabalhar com a produção de paleo réplicas é muito gratificante, pois eu consigo traduzir o conhecimento presente nos fragmentos de fósseis em peças que serão usadas em exposição para a popularização da ciência”. E acrescentou: “Além disso, ao expor apenas as réplicas ao público, as peças originais ficam protegidas no Museu. E, assim, não correm o risco de serem danificadas”.

Carlos Scarpini criando réplicas no ateliê (Foto: Thiago “Zina” Crepaldi).

Esse projeto reforça o papel do MHNMT na promoção da educação e da cultura. O professor e geólogo Caiubi Kuhn reforça que essa iniciativa irá contribuir para encurtar a distância entre o conhecimento científico e as comunidades escolares. “Diante das longas distâncias entre escolas e o Museu, bem como os recursos públicos limitados para ações de divulgação científica, é comum que estudantes de áreas próximas a importantes sítios de ocorrência de fósseis terminem o ensino médio sem nunca ter ido a um Museu ou nunca ter visto um fóssil”, avalia o Geólogo.

Kuhn conclui dizendo da importância de difundir o conhecimento científico de modo que a população local entenda o que é um fóssil e sua relevância e importância para a humanidade. “Com isso, a gente espera democratizar o acesso aos acervos museológicos, fortalecer o ensino nas escolas rurais e comunidades tradicionais, bem como estimular o desenvolvimento de novas ações de preservação do patrimônio paleontológico nesses locais”.

A Exposição será composta por:

  • Painéis ilustrados que contam a história da Terra e a evolução da geologia regional;
  • Algumas peças do acervo do MHNMT serão selecionadas para compor a exposição;
  • Réplicas de fósseis e miniaturas de animais pré-históricos, relacionados aos sítios fossilíferos de Mato Grosso (por exemplo: crânio do Mastodonte, crânio do Pycnonemosaurus nevesi, perna do Saurópode).

Seleção das Escolas e Comunidades

Essa escolha levou em consideração a proximidade delas com os sítios paleontológicos como o sítio de Santa Elina, considerado o segundo mais antigo do Brasil pela presença de vestígios humanos nas Américas, que está localizado na Serra das Araras. É dessa região que vem a maior parte da coleção de Megafauna do MHNMT. Nas escolas selecionadas, cada turma de alunos será atendida individualmente, por cerca de 1 hora aula. Em relação às pessoas com deficiência visual, as réplicas vão poder ser tocadas, e desta forma possibilita a inclusão. A Exposição Itinerante ficará até dois dias em cada escola.

A equipe do Projeto selecionou as seguintes instituições:

  • 08/09 – Escola Estadual Indígena Júlia Paré – Aldeia Umutina, Município de Barra do Bugres 
  • 09/09 – Escola Municipal Isaac Rodrigues de Mesquita – Comunidade Bauxi, Distrito de Rosário Oeste
  • 10/09 – Escola Estadual Estevão Pereira de Almeida – Comunidade Bauxi, Distrito de Rosário Oeste 
  • 21/09 – Museu de História Natural de Mato Grosso –  Instituto dos Cegos – Município de Cuiabá
  • 22/09 – Escola Estadual Arnaldo Estevão Figueiredo – Município de Jangada

O Museu e os Fósseis de Mato Grosso 

O estado de Mato Grosso possui uma rica diversidade de sítios com registros fósseis. O Instituto Ecossistemas e Populações Tradicionais (ECOSS), que gerencia o Museu de História Natural de Mato Grosso (MHNMT) em Cuiabá, durante pesquisas paleontológicas encontrou expressivos exemplares desses fósseis – animais marinhos do siluriano-devoniano e dinossauros do Neocretáceo (Chapada dos Guimarães-MT e Jangada Roncador-MT); e megafauna, de idade pleistocênica (Gruta Currupira, em Rosário do Oeste-MT).

O MHNMT salvaguarda esses fósseis desde de 2006, os quais fazem parte da Exposição Permanente como acervo paleontológico, junto com artefatos arqueológicos e indígenas. E desde 2016, o Museu tem estabelecido uma parceria com docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), o que possibilitou fortalecer o Projeto de Exposição Itinerante que utiliza fósseis e painéis informativos para fazer chegar às escolas de regiões periféricas e das zonas rurais do estado do Mato Grosso.

O Museu de História Natural de Mato Grosso está localizado na Av. Beira Rio, n.º 2000, bairro Jardim Europa, com funcionamento de quarta a domingo, das 8h às 18h e entrada no valor de R$ 12,00 (inteira) e R$ 6,00 (meia). Aos domingos a visitação é gratuita. O Museu conta com ampla área verde próxima ao rio Cuiabá, café, loja de artesanatos, parquinho, reserva técnica e ampla exposição com fósseis de animais pré-históricos, acervo indígena com máscaras sagradas da etnia Waurá e itens históricos da Casa Dom Aquino, casarão histórico que abriga o Museu.

Thiago “Zina” Crepaldi – Assessor de Imprensa do Museu de História Natural de Mato Grosso.

Indígenas da etnia Xavantes de Sangradouro (amarelo) em amistoso contra a Comunidade Recanto do Sol (branco), em Cuiabá Mato Grosso (Foto: Vitória Ramirez/Instituto Ecoss).
Indígenas da etnia Xavantes de Sangradouro (amarelo) em amistoso contra a Comunidade Recanto do Sol (branco), em Cuiabá Mato Grosso (Foto: Thiago “Zina” Crepaldi/Instituto Ecoss).

Na manhã deste domingo, 14 de agosto, em Cuiabá a bola rolou em prol dos indígenas da etnia Xavante, da aldeia de Sangradouro de Primavera do Leste. Esse evento, que é organizado pelo Instituto Ecossistemas e Populações Tradicionais (ECOSS) desde 2014, teve como principal objetivo a arrecadação de alimentos, doações de roupas e brinquedos para as crianças indígenas. Além disso, essa 4ª edição homenageou o líder indígena Roque Teromnhi Eiwe e sua esposa Juliana foram vítimas da covid-19 em 2021. O filho do casal Gilson, faleceu por complicações da diabete no mesmo ano. Ambos participavam das atividades do Museu de História Natural de Mato Grosso e estiveram envolvidos no projeto desde o primeiro jogo beneficente do Instituto Ecoss.

Nesse ano a organização continuou com o legado do líder indígena Roque Xavante, que era movido pelo companheirismo e união. “Hoje, dia dos pais, a gente poder homenagear o Roque é uma forma de reconhecer a importância dele dentre e fora de campo, pois todos na aldeia o viam como um pai e nos jogos ele era o treinador da equipe Xavante. Roque, a esposa e o filho sempre estiveram presentes”, comenta Enir Maria, presidente do Instituto.

Antes da partida, às 8h, os indígenas fizeram uma pajelança, ritual de cura, em homenagem ao Roque e sua família. O jogo teve início às 10h e foi aberto a toda comunidade, com entrada solidária de 1kg de alimento não perecível, roupas ou brinquedos. Esses donativos beneficiou a aldeia Sangradouro.

Pajelança Ritual de Cura, antes do Jogo de futebol amistoso contra a Comunidade Recanto do Sol em Cuiabá (Imagens: Thiago “Zina” Crepaldi/Instituto Ecoss).

Balanço da partida

Os termômetros de Cuiabá registravam 33ºC. O calor não ficou só fora das quadro linhas. Em campo, o equilíbrio das duas equipes esquentou o primeiro tempo. Nos 30 minutos iniciais os Xavantes, com o time bem ofensivo, tiveram boas oportunidades de marcar. Mas o goleiro da equipe da Comunidade Recanto do Sol (Cuiabá), Mateus Brito, fez duas importantes defesas, evitando assim que os Xavantes abrissem o placar. Com isso, o primeiro tempo terminou empatado (0 x 0).

Na volta do intervalo, o time da casa mexeu na equipe e colocou o atacante, Thiago Moraes. Em poucos minutos depois de entrar Moraes balançou a rede, com um chute de longe, 1×0 para o Recanto do Sol (Cuiabá). Com a desvantagem no placar, os Indígenas Xavantes buscaram o empate, mas tiveram dificuldade de finalizar. O time de Cuiabá, ainda, tentou ampliar a vantagem, mas encontraram o goleiro Cristian no meio do caminho. Fim de jogo. A comunidade Recanto do Sol ergueu a taça de campeã na 4ª edição do Futebol Beneficente “Amigos dos Xavantes”.

Comunidade Recando do Sol (Cuiabá) se consagra campeã da 4ª edição do Futebol Solidário “Amigos dos Xavantes” (Foto: Vitória Ramirez/Instituto Ecoss).

Jogadores eleitos os “Melhores da Partida”: Cristian (goleiro Xavante); Mateus (goleiro Recanto do Sol); Thiago (atacante Recanto do Sol).

Fotos do amistoso

Para conferir todas as fotografias tiradas da partida clique aqui!

Últimas edições

  • 2014: Recanto do Sol (Cuiabá) 7 x 2 Indígenas Xavantes (Aldeia Sangradouro)
  • 2015: Recanto do Sol (Cuiabá) 4 x 8 Indígenas Xavantes (Aldeia Sangradouro)
  • 2018: Recanto do Sol (Cuiabá) 4 x 4 Indígenas Xavantes (Aldeia Sangradouro)

O projeto social “Amigos dos Xavantes” da Aldeia Sangradouro é organizado desde 2014 pelo morador da comunidade Recanto do Sol, José Conrado, que é colaborador do Instituto Ecoss. Ele tem um grande apreço por futebol e, sabendo do histórico dos Xavantes com o esporte, quis fazer uma atividade que aproximasse mais da população indígena com a comunidade do seu bairro. Além do Instituto Ecoss, esteve na organização dessa edição a Archaeo: Pesquisas Arqueológicas e teve o apoio do Museu de História Natural de Mato Grosso.

Thiago “Zina” Crepaldi – Assessor de Imprensa do Museu de História Natural de Mato Grosso.

O evento, que está na quarta edição, irá homenagear o líder indígena Roque Xavante

Foto: Divulgação/Arquivo do Instituto ECOSS.

No dia 14 de agosto (domingo) às 8h00 a comunidade Recanto do Sol, em Cuiabá, receberá os indígenas da etnia Xavante, da aldeia de Sangradouro, de Primavera do Leste, para a quarta edição do amistoso de futebol society beneficente.

Esse projeto social, organizado desde 2014 pelo José Conrado, morador da comunidade Recanto do Sol e colaborador do Instituto Ecossistemas e Populações Tradicionais (ECOSS), busca promover a solidariedade com a arrecadação de alimentos para indígenas. Neste ano, o evento vai homenagear o líder indígena Xavante Roque Teromnhi Eiwe, sua esposa Juliana, vítimas da Covid-19 em 2021, e o filho do casal Gilson, que faleceu por complicações da diabete no mesmo ano.

Conrado relembra com carinho da participação de Roque e de sua família nas atividades do Museu de História Natural de Mato Grosso e do envolvimento do indígena desde o primeiro jogo beneficente organizado pelo Instituto ECOSS. “Foi por causa dele que a gente começou a fazer esses amistosos. Ele era nosso parceiro, nosso amigo. E (Roque) estava sempre disponível para fazer acontecer”, conta emocionado. Além dos alimentos, a organização espera receber doações de roupas e brinquedos para as crianças indígenas.

Elivelton Tsibupa, da etnia Xavante, artilheiro da segunda edição do jogo beneficente, explica que esse amistoso é muito aguardado pelos indígenas. “Jogar futebol já se tornou um sonho entre as crianças indígenas. E o ambiente de integração com a comunidade não indígena é muito importante. Nós aprendemos com eles, e eles também aprendem com a gente”, disse Elivelton, que já chegou perto de atuar no esporte profissional, na equipe do Santos, em São Paulo.

No balanço das últimas três edições do jogo beneficente a solidariedade venceu. Nesse ano a organização espera continuar com o legado do líder indígena Roque Xavante, que era movido pelo companheirismo e união.

Antes da partida, às 8h, os indígenas farão uma pajelança, ritual de homenagem ao Roque e sua família. O jogo terá início às 10h e é aberto a toda comunidade.

Serviço

Jogo Society beneficente Comunidade Recanto do Sol (Cuiabá – MT) x Indígenas da etnia Xavantes, da aldeia de Sangradouro (Primavera do Leste – MT)

Data: 14/08

Horário: Das 8h às 10h (Pajelança) e das 10h às 11h (Amistoso)

Local: Rua Peru, Quadra 3, Lote 1 – Bairro Recanto do Sol (ponto de referência: atrás do Centro de Treinamento do Cuiabá) – Como chegar, clique aqui!

Público: Aberto a todos

Entrada: 1kg de alimento não perecível, exceto sal.

Pontos de coleta de donativos: Museu de História Natural de Mato Grosso (MHNMT) e no local da partida.

O Museu de História Natural de Mato Grosso é um dos equipamentos culturais da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel), em funcionamento sob gestão compartilhada com o Instituto Ecossistemas e Populações Tradicionais (Ecoss). Ele está localizado na Avenida Beira Rio, nº 2000, bairro Dom Aquino, Cuiabá (MT). Funcionamento de quarta a domingo, das 8h às 18h.

Thiago “Zina” Crepaldi – Assessoria de Imprensa

Oficinas e atividades para crianças agitam o fim de semana do Kamalupe no Museu

Caça ao tesouro, contação de histórias e exibição de filmes estão entre as atividades que irão movimentar a semana do Kamalupe no Museu de História Natural de Mato Grosso. Durante as férias escolares, entre os dias 22, 23 e 24 de julho, crianças e adolescentes poderão aproveitar diversas atividades e oficinas na área verde do Museu gratuitamente. Serão momentos para aprender, se divertir e estimular a criatividade.

Kamalupe significa panela grande no idioma aruak do povo Waurá, localizado no Xingu. A fabricação dessas panelas faz parte de sua cultura: feitas de barro, servem para todas as atividades, principalmente quando chega a época de festas e colheita de mandioca e milho. O evento de férias leva esse nome por trazer atividades que reforçam o contato com a terra e com o fazer com as mãos. Assim, as crianças vão poder se relacionar com a natureza e com o analógico.

As inscrições para participar do Kamalupe estarão abertas do dia 12 de julho até o preenchimento das 20 vagas de cada atividade.

Confira a programação completa:

Sexta-feira (22/07)

  • 9h às 11h – Contação de História + Oficina de produção de brinquedos recicláveis (20 vagas)
    • Ministrante: Mariana Neves – Artista e Professora; e Anibal Pereira – Artista 
  • 14h às 16h – Oficina de Pinturas em pedras (20 vagas)
    • Ministrante: Equipe do Museu
  • 17h às 19h – Sessão de Cinema: “Wall-E” (Ficção Científica – 2008); Classificação Livre (20 vagas)

Sábado (23/07)

  • 9h às 11h – Alongamento e Brincadeiras em Família (20 vagas)
    • Ministrante: Equipe do Museu
  • 14h às 16h – Oficina de Desenho e “perspectiva artística” (20 vagas)
    • Ministrante: Danilo Barreto – Artista Visual
  • 17h às 19h – Sessão de Cinema: “O Lorax, em busca da Trúfula Perdida” (Aventura – 2012); Classificação Livre (20 vagas)

Domingo (24/07)

  • 9h às 11h – Caça ao Tesouro (20 vagas)
    • Ministrante: Equipe do Museu
  • 14h às 16h – Oficina de Argila (20 vagas)
    • Ministrante: Equipe do Museu
  • 17h às 19h – Sessão de Cinema (20 vagas) 

Em Exibição “Em busca do Vale encantado” (Aventura – 1988); Classificação Livre (20 vagas)

Público: o evento é pensado para crianças de 4 a 15 anos. Mas é aberto a toda comunidade.

Inscrições através do link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfBsZxJddAmctaJU0Ex1XHQZ9PuoPi8nBgeUWV0IZ94P_QIFA/viewform 

Mais sobre cada atividade:

Oficina de Desenho

Essa oficina vai proporcionar vivências de observação e expressão por meio de desenho em papel. Nesse curso, o artista Danilo Barreto apresentará a técnica de perspectiva para criar ilustrações arquitetônicas – espaços exteriores e interiores. 

A partir de uma visita guiada pelo Museu de História Natural de Mato Grosso, que está instalado na Casa Dom Aquino, os participantes serão convidados a criar ilustrações artísticas desse Patrimônio Histórico tão importante para Mato Grosso.

Oficina de Pintura em Pedra

As crianças inscritas participarão de uma visita guiada no Museu por uma exposição com representações artísticas pré-históricas de cavernas e abrigos rochosos de Chapada dos Guimarães. Em seguida será apresentado às crianças técnicas básicas de pintura com nanquim em pedras. Por meio desses estímulos da criatividade, os participantes vão poder transferir suas inspirações para a pedra criando peças únicas.

Oficina de Argila

Essa oficina se inspira no “Kamalupe” que significa panela grande no idioma aruak do povo Waurá, localizado no Xingu. A fabricação dessas panelas faz parte de sua cultura: feitas de barro, servem para todas as atividades, principalmente quando chega a época de festas e colheita de mandioca e milho. As crianças vão aprender brincando a manusear e a transformar a argila em diferentes objetos.

Contação de histórias + Oficina de produção de brinquedos recicláveis

A gente vai se reunir na área verde do Museu para ouvir boas histórias regadas de música. Depois da contação as crianças vão poder participar de uma oficina para confeccionar o seu próprio instrumento musical com materiais recicláveis, que normalmente são vistos como “lixo”.

Caça ao tesouro

Hora da aventura! Juntos vamos buscar um tesouro que nos contará mais sobre a pré-história em Mato Grosso. Em equipe, as crianças vão aprender a ler o mapa, achar as pistas e adivinhar as charadas.

Sessão de Cinema

Em todos os dias do Kamalupe exibiremos filmes de aventura, com direito a pipoca e suco. A diversão está garantida!

Como o Museu faz a separação dos materiais recicláveis, vamos aproveitar para conscientizar as crianças sobre a importância de reduzir a produção de lixo, de reutilizar e reciclar os materiais com a exibição do filme “Wall-E” (2008).

“É preciso amar a natureza, senão o mundo está perdido”. Esta é a mensagem do filme “O Lorax, em busca da Trúfula Perdida”, que será exibido. Vai ser uma oportunidade para as crianças conhecerem a Trilha das Árvores do Museu e o Viveiro. Além disso, haverá doação de mudas!

A animação “Em busca do Vale encantado” (1988), saga de dinossauros, nos dá uma lição de amizade, coragem e  determinação para enfrentar os desafios que aparecem.

Confira algumas fotos da edição do Kamalupe 2021

Serviço

O Museu de História Natural de Mato Grosso é um dos equipamentos culturais da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel), em funcionamento sob gestão compartilhada com o Instituto Ecossistemas e Populações Tradicionais (Ecoss). Ele está localizado na Avenida Beira Rio, nº 2000, bairro Dom Aquino, Cuiabá (MT). Funcionamento de quarta a domingo, das 8h às 18h.

Bilheteria: R$ 6,00 (meia entrada) / R$ 12,00 (inteira)

Domingo a entrada é gratuita.

Thiago “Zina” Crepaldi – Assessoria de Imprensa

O Museu de História Natural de Mato Grosso (MHNMT) em parceria com o Instituto Ecossistemas e Populações Tradicionais (ECOSS), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (SECEL) abre inscrições para a 2ª edição do curso de formação em “Educação para o Patrimônio Cultural em Espaços Educativos no Estado de Mato Grosso” realizado na modalidade EAD.

Realizado pela primeira vez no ano de 2020, o curso foi reeditado e será disponibilizado no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) da UFMT de forma gratuita. O curso é direcionado a professores da rede básica de ensino, educadores sociais, gestores e profissionais ligados à cultura, entre outros interessados pelo tema.

O curso é composto por cinco (05) módulos com carga horária total de 50 horas. O cursista que completar a formação receberá um certificado emitido pela UFMT. O Museu receberá inscrições até dia 15 de junho de 2022. As aulas terão início no dia 20 de junho de 2022.

Conteúdo Programático

Serão abordados em cada módulo temas que versam sobre o patrimônio cultural material e imaterial; patrimônio cultural e museus; patrimônio cultural arqueológico; patrimônio cultural paleontológico e geológico.

Para saber mais sobre o curso e garantir sua inscrição acesse o link: https://bityli.com/Fpaedo 

Conheça os coordenadores e conteudistas

DANILO RODRIGUES 

Coordenador Geral e Editorial – Conteudista

Mestrando em Antropologia Social, possui graduação em Ciências Sociais com ênfase em Antropologia pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Possui pós-graduação interdisciplinar em Patrimônio, Direitos Culturais e Cidadania (UFG). Atualmente é técnico em Educação Patrimonial e Patrimônio Cultural na empresa Archaeo Pesquisas Arqueológicas. Membro do Núcleo de Pesquisa em Antropologia Social, Artes, Performance e Simbolismos (NAPAS/UFMT). Tem experiência na área de Antropologia Social, Etnologia Indígena, Patrimônio Cultural e Educação Patrimonial. Membro do Instituto ECOSS.

JONILKEN ALMEIDA

Conteudista

Especialista em Coletivos Educadores do Portal da Amazônia pela Universidade Estadual de Mato Grosso (2013). Possui graduação em Ciências Biológicas pelo Centro Universitário de Várzea Grande (2007). Professor efetivo de biologia, SEDUC-MT, atuou em Educação do campo e urbana. Trabalhou em projeto de recuperação de nascentes e mata ciliar, atuou como técnico em arqueologia em linhas de transmissão de energias e PCH. Ainda, coordenou ações de Educação Patrimonial em Projetos de Pavimentação asfáltica, linha de transmissão de Energia, mineradora e pequenas centrais hidrelétricas em Mato Grosso, Rondônia e Pará.

SUZANA HIROOKA

Conteudista

Possui graduação em Geologia pela Universidade Federal de Mato Grosso (1986) e mestrado em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1997). Presidente do Instituto Ecossistemas e Populações Tradicionais (Ecoss). Membro do Instituto Histórico Geográfico de Mato Grosso e Sócia-Proprietária da empresa Archaeo Pesquisas Arqueológicas. Tem experiência na área de Arqueologia, com ênfase em Arqueologia Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: arqueologia, paleontologia e espeleologia.

CAIUBI KUHN

Conteudista

Graduado em Geologia (2011), especialista em Gestão Pública (2018) e Mestre em Geociências (2014) pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e doutorando em Geociências e Meio Ambiente pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). Atua como professor na Faculdade de Engenharia, campus Várzea Grande, Universidade Federal de Mato Grosso. Participa de projetos de popularização das geociências, além de iniciativas relacionadas ao aperfeiçoamento de didática de ensino em geociências e também comissões e projetos relacionados à criação do geoparque de Chapada dos Guimarães.  Membro do Instituto ECOSS.

FLAVIA SANTOS DE SIQUEIRA 

Conteudista

Possui graduação em Geologia (2011), mestrado em Geociências (2014) e doutorado em Ciências Ambientais (2019) pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Atualmente é professora adjunta da UFMT na Faculdade de Engenharia. Atua na área de Ciências Ambientais com uso do Sensoriamento Remoto aplicado à mineração e geociências. Tem experiência em Cartografia, Sistemas de Informação Geográfica, Interpretação de Imagens de Satélite, Desenho Auxiliado por Computador, Mapa de Mina, Mapeamento Geológico, Petrologia e Mineralogia. Além disso, desenvolve trabalhos na área de pesquisa e extensão voltados para o curso de Engenharia de Minas. No ramo da extensão coordena o programa “Educação, geociências e mineração”.

Texto: Thiago Crepaldi – Estagiário de comunicação MHNMT 

Kamariwé Waurá, de 31 anos, nasceu na Aldeia Piyulaga, do povo Waurá, no Xingu, e sempre teve interesse pela história de seus ancestrais. Essa curiosidade começou desde muito cedo, ainda criança aprendeu com seus pais e avós sobre a origem de seu povo, e tinha interesse em descobrir ainda mais sobre suas raízes, mas não sabia como obter esse conhecimento. Em 2014, Kamariwé conheceu a geóloga e arqueóloga, Suzana Hirooka, durante uma pesquisa de campo realizada na gruta Kamukawaka, no Parque Indígena do Xingu. O local possui muitas marcas do passado do povo Waurá e foi onde Kamariwé, que ainda cursava o ensino médio, viu a possibilidade de se aprofundar na historicidade de seu povo, através da Arqueologia. Desde então, o indígena passou a acompanhar Hirooka nas escavações arqueológicas, e desenvolveu o desejo de seguir seus estudos nesse campo.

Arquivo pessoal: Kamariwé Waurá e pesquisadores em campo

“Eu me apaixonei pela história, pelo surgimento e pelo local do sítio histórico dos povos Waurá e assim comecei a me encantar pela arqueologia e ajudar a preservar esses locais. Além disso, queria poder estudar mais a língua portuguesa e obter outros conhecimentos fora da aldeia”, comenta Kamariwé.

Quando terminou o ensino médio, em 2017, Kamariwé fez o vestibular para ingressar no curso de Arqueologia da Pontifícia Universidade Católica de Goiás – PUC Goiás, por ser o mais próximo do Parque Indígena do Xingu. Nos anos de 2018 e 2019, o indígena contou com o suporte financeiro da empresa “Archaeo – Pesquisas Arqueológicas” e do Instituto Ecossistemas e Populações Tradicionais (Ecoss) para custear seus estudos. Porém, era necessário encontrar outros apoiadores, pois, além do curso, haviam todas as despesas para o indígena viver em Goiânia.

Devido à pandemia, após dois anos de curso, Kamariwé teve que trancar a universidade. Porém, continuou a realizar trabalhos de campo em sítios arqueológicos do Piauí, acompanhando Hirooka. No início de 2022, o Instituto Ecoss, conseguiu com um dos seus parceiros, a empresa SPE Santa Lucia Transmissora de Energia S/A, uma bolsa de estudos integral para o Kamariwé retornar aos estudos na cidade de Goiânia, onde cursa hoje o quinto semestre, com previsão de conclusão em 2023. 

Arquivo pessoal: Kamariwé Waurá na PUC Goiás

Para Hirooka, conseguir a bolsa foi de suma importância: “Estávamos comprometidos em dar suporte ao Kamariwé na sua formação, porém, depois de um ano e meio, o Instituto Ecoss e a Archaeo Pesquisas Arqueológicas já não tinham mais recursos para mantê-lo estudando em Goiânia. Essa bolsa veio para completar um grande projeto – o de formarmos o primeiro arqueólogo indígena do Xingu”.

Segundo Hirooka, a formação de um arqueólogo indígena fortalecerá a comunidade, conduzindo-a à descoberta de sua história arqueológica, à identificação de seus próprios territórios e, assim, perpetuando suas tradições.

Arquivo pessoal: Suzana Hirooka, Kamariwé Waurá e seu pai Tacapé Waurá

Kamariwé demonstra gratidão pelo apoio e conta como isso irá mudar sua vida e a de seu povo: “Eu acredito que não vou mudar o mundo, mas o mundo dos meus filhos e da minha família eu tenho certeza que vou mudar. Vou fazer o meu Trabalho de Conclusão de Curso em cima da cultura Waurá. Será um estudo relevante não só para o meu povo, mas também para pesquisadores e estudantes brasileiros e estrangeiros. O meu objetivo é fazer com que o mundo conheça o meu povo, o povo Waurá, e deixar esse conhecimento para as futuras gerações”, finaliza.

Texto: Radharani Kuhn – Comunicação Museu de História Natural de Mato Grosso

O Museu de História Natural de Mato Grosso oferece atividades gratuitas de 18 a 22 de maio na Semana Nacional dos Museus, promovida anualmente pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) que reúne museus de todo o Brasil. A vigésima Semana Nacional de Museus traz o tema: O Poder dos Museus que está presente em suas ações de pesquisa, preservação, conservação, educação, comunicação, ação cultural, gestão, inovação tecnológica, cumprimento de suas funções sociais e criação de repertórios para o futuro.

A programação do Museu de História Natural de Mato Grosso tem visitação guiada gratuita, mesa redonda com o tema “O potencial dos Museus de História Natural em Mato Grosso”, oficina de customização de camisetas e a exibição do filme “Uma noite no Museu”. A programação tem o apoio do Instituto Ecossistemas e Populações Tradicionais (Ecoss) e da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel MT). As vagas são limitadas e as inscrições podem ser feitas através do link: https://bit.ly/3wyDJ1B

Programação: 

18/05 a 21/05 – Das 9h às 10h e das 15h às 16h – Visitação gratuita, com a mediação dos monitores. 

19/05 – 19h – Mesa redonda “O potencial dos Museus de História Natural em Mato Grosso”, com Suzana Hirooka, arqueóloga, paleontóloga e presidente do instituto Ecoss; Caiubi Kuhn, geólogo e professor na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT); Sonia Regina Lourenço, supervisora do Museu Rondon de Etnologia e Arqueologia da UFMT; e Mara Luiza Rocha Sala, coordenadora do Museu de Minerais, Rochas e Fósseis. A mesa será mediada pela curadora do Museu de História Natural de Mato Grosso, Vitória Ramirez Zanquetta. A mesa redonda acontecerá remotamente, com transmissão ao vivo pelo canal do Museu no YouTube: https://www.youtube.com/channel/UCoXQWdjt5sf8NfvY1X1VhFw

20/05 – 14h às 16h30 – Oficina de customização de camisetas. Interessados devem fazer a inscrição. As vagas são limitadas. 

21/05 – Exibição do filme “Uma noite no Museu”. Interessados devem fazer inscrição. Vagas limitadas. 

Segundo o IBRAM,  os museus são construtores do futuro e, por isso, são poderosos. O Poder dos Museus não é um dado, é uma construção. 

Serviço

O Museu de História Natural de Mato Grosso é um dos equipamentos culturais da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel), em funcionamento sob gestão compartilhada com o Instituto Ecossistemas e Populações Tradicionais (Ecoss). Ele está localizado na Avenida Beira Rio, nº 2000, bairro Dom Aquino, Cuiabá (MT). Funcionamento de quarta a domingo, das 8h às 18h.

Entrada de quarta a sábado: R$ 12,00 (inteira) e R$ 6,00 (meia).

Domingos: gratuito.

Texto: Radharani Kuhn – Comunicação Museu de História Natural de Mato Grosso 

A nova Exposição Temporária do Museu de História Natural de Mato Grosso, intitulada “Vestígios Ancestrais – Arte Rupestre em Chapada dos Guimarães”, reúne 20 fotografias, de autoria do fotógrafo Mario Friedlander, que ilustram a arte rupestre dos diversos sítios arqueológicos localizados no município de Chapada. A mostra estará aberta ao público de 12 de maio a 14 de agosto, de quarta a domingo, das 8h às 18h. Uma oportunidade para uma viagem fascinante pela história dos nossos ancestrais. 

O Estado de Mato Grosso possui 1.588 sítios arqueológicos, segundo o Instituto Histórico Artístico Nacional (Iphan, 2021). Destes, 105 estão localizados no município de Chapada dos Guimarães. Este número não representa a totalidade, pois acredita-se que ainda existem pontos a serem descobertos. Nos sítios arqueológicos, encontram-se vestígios da ocupação humana como, por exemplo, fragmentos de cerâmicas, instrumentos de pedras lascadas ou polidas e arte rupestre. 

A Exposição detalha a Lapa do Frei Kanuto, um paredão de 60 metros de comprimento, por três metros de altura, localizada na Ponta do Campestre, no limite entre os municípios de Chapada dos Guimarães e Cuiabá. Este é o sítio arqueológico com arte rupestre mais estudado da região e apresenta manifestações artísticas que contam a história de diversos povos. São painéis que evidenciam animais, humanos e símbolos através de pinturas, estilo primitivo; e gravações em baixo relevo, estilo moderno.

Conhecer para preservar. Foto: Vitória Ramirez Zanquetta.

A exposição temporária busca conscientizar a comunidade para a urgência de preservar os sítios arqueológicos para conhecimento das futuras gerações. Segundo Suzana Hirooka, arqueóloga e geóloga do Instituto Ecossistemas e Populações Tradicionais (Ecoss), esses patrimônios históricos estão à mercê da sorte e da interferência de queimadas, caçadores, curiosos e turistas despreparados. “É importante dar visibilidade aos sítios arqueológicos e das suas potencialidades para, quem sabe, despertar as autoridades para a necessidade de se realizar projetos de conservação e preparação do espaço para receber o turismo de um modo harmonioso com o meio ambiente, respeitando a cultura local”, considera Hirooka.

“Vestígios Ancestrais – Arte Rupestre em Chapada dos Guimarães” é baseada no capítulo “Arqueologia e História” do livro “Geoparque Chapada dos Guimarães – Uma Viagem pelo Planeta”, que também está em exibição.

Além da nova Exposição Temporária, o visitante também poderá conhecer a Exposição Permanente que apresenta fósseis de mais de 2 bilhões de anos – animais marinhos, dinossauros, até os gigantes da Megafauna. Durante a visitação são abordados temas como a origem da vida na Terra, as populações originárias de Mato Grosso e a história da Casa Dom Aquino.

Serviço

O Museu de História Natural de Mato Grosso é um dos equipamentos culturais da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel), em funcionamento sob gestão compartilhada com o Instituto Ecossistemas e Populações Tradicionais (Ecoss). Ele está localizado na Avenida Beira Rio, nº 2000, bairro Dom Aquino, Cuiabá (MT). Funcionamento de quarta a domingo, das 8h às 18h.

Entrada de quarta a sábado: R$ 12,00 (inteira) e R$ 6,00 (meia).

Domingos: gratuito.