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“O Segredo do Homem Velho: Uma exposição no Museu sobre a cultura e a astronomia dos povos originários da América do Sul”

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“O Segredo do Homem Velho: Uma exposição no Museu sobre a cultura e a astronomia dos povos originários da América do Sul

Inauguração acontece no Museu de História Natural de Mato Grosso neste sábado, 15 de abril, às 18h; haverá observação do céu

Nebulosa Cabeça de Cavalo, captação feita no bairro Jardim Imperial, Cuiabá-MT. Foto: Pablo Edilberto Munayco Solorzano/ Arquivo “FisicArte” Projeto “Céu de Mato Grosso”

Você gosta de observar o céu e as estrelas? Ou tem curiosidade no assunto? Então você não pode perder a nova exposição temporária do Museu de História Natural de Mato Grosso, em Cuiabá: “A CONSTELAÇÃO DO HOMEM VELHO”. Nesta exposição, será possível conhecer a história e a cultura dos povos originários da América do Sul que se inspiraram em uma figura mítica que aparece no céu noturno: o Homem Velho.

A exposição conta com fotografias astronômicas incríveis que mostram a beleza e a diversidade do céu de Mato Grosso, um dos melhores lugares do Brasil para observar as estrelas. As fotos foram feitas por participantes dos projetos de extensão FisicArte e O CÉU DE MATO GROSSO, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

A curadora do Museu, Vitória Ramirez Zanquetta, explica que a exposição é uma forma de divulgar e valorizar os saberes da cultura dos povos indígenas. “É uma chance de se maravilhar com o céu e conhecer mais sobre a sabedoria e a cosmovisão dos indígenas aqui da nossa região”, afirma.

Etnias indígenas brasileiras, principalmente as de origem tupi-guarani, compartilham o mito da constelação do “Homem Velho” ou do “Índio Velho”, formada pelas constelações ocidentais Taurus e Orion. Essa lenda conta que um homem foi assassinado pela esposa, que queria ficar com o irmão dele. Ela cortou a perna do marido para matá-lo. Os deuses se compadeceram do homem e o colocaram no céu como uma constelação. No final de dezembro, o Homem Velho (Tuya, em guarani) aparece inteiro no céu, no lado Leste, no começo da noite. Isso significa que o verão chegou para os índios do sul do Brasil e que a época das chuvas começou para os índios do norte do Brasil.

Segundo Marcelo Marchiori, professor do Instituto de Física da UFMT e coordenador do projeto de extensão “FisicArte” e membro do Projeto de Extensão Tecnológica “O Céu de Mato Grosso“, os povos originários usavam as constelações e a posição dos astros no céu para marcar a regularidade do tempo. “Esse saber era importante para compreender quando seria os períodos de seca e de chuva, sendo possível se preparar para cada um deles; estocar mais ou menos alimentos; reforçar as construções; ou ainda, saber qual seria a melhor época de plantar”, comenta.

A exposição “Constelação do Homem Velho” será inaugurada no dia 15 de abril de 2023, às 18h, no Museu de História Natural de Mato Grosso, que fica na Avenida Manoel José de Arruda (Beira Rio), nº 2000, bairro Jardim Europa, em Cuiabá. No dia da abertura, haverá uma cerimônia especial e observação guiada do céu. 

A exposição ficará aberta ao público até o dia 15 de julho de 2023, de quarta a domingo, das 8h às 18h. O valor da entrada é R$12,00 (inteira) e R$ 6,00 (meia). Aos domingos, a entrada é gratuita.

Não perca essa chance de ver o céu de um jeito diferente e conhecer mais sobre a riqueza cultural dos povos originários da América do Sul. Visite a exposição “A CONSTELAÇÃO DO HOMEM VELHO” no Museu de História Natural de Mato Grosso!

O que são as fotografias astronômicas?

Fotografias astronômicas ou astrofotografias são um tipo de fotografia especializada que registra imagens de corpos celestes e grandes áreas do céu noturno. Em essência elas consistem em um empilhamento de várias fotografias de longa exposição. E para fazer as astrofotografias, é preciso ter alguns equipamentos e técnicas adequados, além de uma boa localização com pouca poluição luminosa, como um telescópio com um motor de compensação do movimento da Terra.

Marcelo Marchiori, professor do Instituto de Física da UFMT e coordenador do projeto de extensão “FisicArte” e membro do Projeto de Extensão Tecnológica “O Céu de Mato Grosso“, conta que para uma astrofotografia completa as vezes pode ser necessário muitas horas de fotos somadas, podendo levar anos; ele explica o porquê. “Como os corpos celestes são muito pequenos qualquer variação no céu pode interferir como vento, céu fechado, lua, chuva e entre outros. Para fazer a astrofotografia de Galáxia de Andrômeda, por exemplo, levamos cerca de 2 anos”, comenta.

A galáxia de Andrômeda. Foto: Pablo Edilberto Munayco Solorzano/ Arquivo “FisicArte” Projeto “Céu de Mato Grosso”

Atualmente, a equipe possui equipamentos adquiridos por meio de um projeto de extensão tecnologia da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat) que possibilita contornar alguns destes interferências. “Com esses equipamentos aliadas aos conhecimentos e a técnica primorosa do professor Pablo Edilberto Munayco Solorzano, da UFMT, podemos produzir fotografias astronômicas de referência e com qualidade a nível mundial”, ressalta Marcelo Marchiori.

SERVIÇO

Exposição “A CONSTELAÇÃO DO HOMEM VELHO

Abertura: 15 de abril às 18h

Período de exposição: até 15 de julho de quarta a domingo (8h às 18h)

Entrada: aos domingos gratuito. Quarta a sabádo R$ 6,00 a meia e R$ 12,00 inteira.

A exposição é uma parceria do Museu de História Natural de Mato Grosso, do Instituto Ecossistemas e Populações Tradicionais, da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer(Secel) em parceria com os projetos de extensão FisicArte e O CÉU DE MATO GROSSO, da UFMT, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso e do FABFisLAB.

Arte: Daniel Marchiori

Por: Thiago “Zina” Crepaldi – Assessoria de Comunicação do MHNMT